Há algo mágico em observar o mundo através dos olhos de uma criança. Ver a inocência e a curiosidade em cada descoberta, testemunhar sorrisos autênticos diante das pequenas alegrias da vida. Minha jornada profissional sempre esteve entrelaçada com o tempo precioso que passei com minhas filhas.
Aos olhos da sociedade, o sucesso profissional muitas vezes é medido por conquistas tangíveis: títulos, salários, posições alcançadas
Contudo, para mim, o verdadeiro triunfo sempre foi encontrar o equilíbrio entre a carreira e a paternidade. Foi entender que o tempo dedicado a minhas filhas é tão valioso quanto qualquer sucesso no mundo dos negócios.
Minha primogênita, com seus 8 anos de pura vivacidade e ternura, é uma constante fonte de alegria e aprendizado. Seu sorriso contagia qualquer ambiente, e suas perguntas sobre o mundo estão ficando cada vez mais bem elaboradas e difíceis de responder. Diante disso, trago a confissão de um pensamento que me assola: sei que em breve, ela não ansiará mais por minha companhia como agora.
Cada dia ao seu lado é um presente. As brincadeiras de pegar jacarezinho nas ondas do mar, as aulas e apresentações anuais da patinação, as descidas não programadas à piscina do condomínio, os desenhos animados assistidos (que agora já são seriados adolescentes), os falsetes que ela sabe fazer nas músicas do Jorge Vercillo… tudo isso forma um vínculo que sei que, com o tempo, mudará. Em breve, os interesses dela serão outros, suas amizades ganharão mais importância, e minha presença constante talvez não seja mais tão desejada.
Sorte a minha que Deus me presenteou com minha caçulinha espoleta e cheia de vitalidade que vai me fazer passar por tudo isso mais uma vez quando a irmã mais velha já estiver em outras vibes. Aliás, preciso agradecer a minha esposa Vanessa Sermarini por toda sua dedicação com as minhas princesas – obrigado!
É uma realidade da vida que todos os pais enfrentam: o inevitável crescimento dos filhos. Enquanto me vejo olhando por este retrovisor, entendo que o sucesso profissional para mim sempre esteve intrinsecamente ligado a esses momentos de conexão genuína com minhas filhas.
O verdadeiro sucesso não está apenas nos feitos profissionais, mas na capacidade de equilibrá-los no cultivo dos laços familiares.
Por mais que um dia minhas filhas não busquem mais minha companhia com tanta intensidade, guardarei com carinho cada risada, cada momento de cumplicidade. E saberei, além de qualquer métrica profissional, que esses anos compartilhados foram verdadeiramente bem-sucedidos.
O tempo que passamos juntos foi um investimento precioso, uma construção de memórias que nenhum sucesso corporativo poderá superar.